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segunda-feira, 26 de abril de 2010

E você já se sentiu um elo?

Ideias, mobilizadores e parcerias

As verdadeiras batalhas acontecem no campo das ideias. As lutas físicas são apenas factuais e multiformais no espaço-tempo dos povos. O que nos faz grandes são as ideias que defendemos. Foram as boas ideias que fizeram a fama dos gregos, não suas batalhas.
Há muitas maneiras de alcançar nossas ideias. É nossa a escolha desses meios. Lembrando nesta hora que nem sempre os fins justificam os meios, pois o custo pode ser mais alto que os resultados. Dependendo dos meios usados, a vitória soa como traição dos nossos princípios-ideias.
Os melhores caminhos para que nossas ideias sejam vencedoras está em nossa capacidade de buscar aliados para nossa luta-objetivo. Isso se consegue expondo nossas ideias de forma clara e objetiva. Convencendo o outro das vantagens daquilo que defendemos. Traduzindo as ideias em ações que possam ser praticadas em conjunto.
O processo é lento, mas certeiro. Trabalhoso, sem dúvida. Temos que ser capazes de ver que, às vezes, nossos parceiros-interlocutores têm razões que precisam ser levadas em conta para burilar e aperfeiçoar as nossas ideias. Essas são batalhas factuais necessárias, mas não é a guerra central. Lembre-se de que a nossa luta é pelas idéias que defendemos, não pelas atividades-meio.
Podemos, em função do nosso objetivo-ideia, fixar prazos, predefinir os mecanimos-meios para alcançar a concretização das ideias. Podemos criar ferramentas para mensurar as etapas. Tudo isto é corretíssimo.
O problema é que quando fixamos prazos para nós, normalmente imputamos esses prazos para nossos parceiros, sem termos cumprido plenamente as etapas do convencimento e das motivações de maneira que estes considerem também seus nossos objetivos-idéias. Outros percalços físicos espaciais também interferem e dificultam a concretização. Aí vem a frustração, a revolta e facilmente entramos no erro de partir para a luta que não é a nossa somada a acusação aos outros.
Ideia, divulgação, mobilização, convencimento, num espaço-lugar, num tempo-data, com um mínimo de senso de justiça é o caminho para o sucesso. Então o que deu errado?
Se nossos parceiros agem por outras ideias, fomos nós que falhamos em não convencê-los das vantagens daquelas que defendemos. É importante saber que isto faz parte de um ciclo e, como qualquer evento cíclico, deve ser repetido constantemente em todas as suas fases.
Então é hora de voltar às bases de nossas ideias originais e re-exercitar os processos, objetivos, prazos, caminhos e a conquista de novos parceiros e claro, mais experientes, melhorar nosso discurso para corrigir os erros e reforçar os acertos inclusive, dentro do possível, reconquistando nossos parceiros anteriores, que já conhecem nossas ideias mas não se deixaram convencer.
Parcerias
Fazer parcerias é somar forças, a nossas e dos nossos colaboradores. Nossos parceiros enxergam coisas que nunca vimos ou percebemos. Afinal nossos olhos só miram à frente. Para ver ao lado temos que virar a cabeça e para ver as costas... Nossos parceiros são os espelhos das nossas costas. Se forem bons, estamos protegidos, se são maus escolhidos são espelhos que quebram e vidros quebrados cortam.

Parceria lembra batalhão, fila, ordem. Um a frente do outro, um protegendo o outro. Cada um, um elo da corrente. E você já se sentiu um elo?

Formar parcerias significa idoniedade, justeza de caráter e objetivos claros, límpidos e comuns a todos. Significa respeitar os olhares do outro, respeitar e despertar respeito. Parceria só existe onde os objetivos que se defende são idéias que beneficiam a todos. Mesmo que para isso, seja necessário que sejamos apenas um elo na corrente.

Quais são seus objetivos? Aonde quer chegar? Que idéia você defende ao entrar para um comitê de bacia hidrográfica que reúne tão diferentes interesses em seus segmentos? Sua idéia é aglutinadora, comum a todos? Quer que o bem comum, objetivo do comitê seja cumprido? Se você entende que este bem é a defesa da qualidade das águas que formam 73% dos corpos de cada um dos indivíduos, dos membros do comitê e de você, então está pronto para defender a vida pela gestão das águas.

Estará pronto para receber um bem-vindo à parceria na luta para a manutenção da vida. Ser Bebê Douro, fonte, no seio da mãe água de uma Lagoa Santa.

Procópio de Castro
presidente do SCBH Rib. Mata/Projeto Manuelzão

3 comentários:

  1. muito bom!!!!
    pra que caminhar sozinhos se a gente pode dividir a estrada?
    Até mesmo porque também, nos momentos de dificuldade temos com quem dividir o peso da carga e nos de alegria com quem comemorar.
    Tudo é muito bom qdo se tem parcerias.

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  2. Ah... você tem sido um bom elo, Procópio!!!
    Obrigada!

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  3. Parabens Lu, parabens Procopio!!! Acho que poderiamos chamar esse elo de corrente do bem!
    Tem uma frase do filme Geronimo que me emociona muito quando ele cita o homem branco e seu exterminio "porque eles haviam de ser tantos...??"
    Estou com vcs nesse elo dessa corrente inteligente e sustentavel!!!!!!!!

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