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sexta-feira, 30 de abril de 2010

"O HISTÓRICO NÃO TEM QUE SER LEGAL"


Câmara itinerante na Lapinha dia 29/04/2010, das 19:00 as 22:00, aproximadamente.

A reunião da Câmara Municipal ontem na Lapinha, tratou basicamente de uma esplanação do IEF através de Betão, com alguns esclarecimentos de Rogério Tavares a respeito do centro receptivo turístico da Lapinha, da "linha Lund".
Presentes todos os vereadores, Betão e Rogério Tavares do IEF, a secretária de Cultura e Turismo Renata Rosa, o artista plástico Osório Garcia tb da secretária de Cultura e Turismo, representantes da comunidade da Lapinha e alguns da comunidade de Lagoa Santa.
Ausência sentida do secretário do meio ambiente, planejamento e desenvolvimento econômico, Breno Salomão Gomes, mas justificada por ele por estar no fórum em uma audiência.

Notadamente incômoda a posição das pessoas da comunidade, com a implantanção do centro receptivo. Percebia-se claramente a insatisfação com o modelo de resolução,com a insegurança quanto à situação deles enquanto trabalhadores.

O projeto mostrado lá, e aqui vai uma opinião pessoal, deixa muito a desejar. À pergunta de quem era o arquiteto que assina a obra, responderam que "é do pessoal do IEF". Uma obra instalada como receptivo turístico de um sítio arqueológico precisaria integrar com o local, respeitar as características naturais. Vidro e estrutura metálica definitivamente contrastam com a paisagem, ou luta com ela para aparecer mais que ela.

E, segundo explicaram também, o fato de serem 4 andares não traz problemas com o solo cárstico porque os andares estão dentro de um desnível do terreno, não causando problemas... Complicada a compreensão... andares de um mesmo prédio só causam impacto no solo se estiverem num nível só? Porém, disseram que o IEF tomou todas as precauções com a gruta, solo e etc. Nisso eu quero acreditar.

No mais a explicação do IEF a respeito de tudo girou em torno do " é assim que acontece", "é porque isso é assim"... e tudo tecnicamente.
O que dizia respeito às pessoas da comunidade foi tratado também de forma muito técnica ("é assim que tem que ser", "essa é a maneira legal"; mas quando se trata de pessoas talvez seja interessante ser mais humano). Além de explicar que as pessoas serão, no devido tempo, capacitadas e remanejadas, também atribuiu só ao município essa responsabilidade.
A vereadora Aline Aires sugeriu como medida compensatória que o Estado se encarregasse das escolas municipais também na formação ambiental das crianças da comunidade.

Sem muita explicação para muitas situações(não sem resposta, tudo foi respondido), ficou difícil não compreender a fala do sr Alexandre, de 66 anos que estava sentado à minha frente: "papo furado!"

Quando interrogado a respeito do que aconteceria com as pessoas que já faziam parte da história da gruta por trabalharem ali há anos, Betão respondeu: "o histórico não tem que ser legal".
Cito de novo o sr Alexandre: "é uma covardia isso que "cês" tão fazeno conosco".

Será que ele está certo?

Um comentário:

  1. É uma pena que o Estado chegue dessa forma engolindo e fazendo um centro receptivo maior que a gruta, parece um shopping, horrível, se for do nível da portaria (amianto e ferro), vai ficar horrendo! Sério mesmo, é muito revoltante, tudo errado, não dá p'ra engolir esse receptivo, nem pode falar que o IEF é o órgão mais corrupto do estado, estamos fú... se a população não despertar, mas eles agem rápido e detem o poder, q mmmmmmmmmm! Que país é esse????????????? Cadê os brasileiros, lagosantenses???????? Nunca vi nada mais surreal e de mal gosto, a cara de Minas, aliás o estado está sendo descarecterizado, minerado e devastado.

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