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terça-feira, 30 de março de 2010

Nossas flores serão de cimento

O trânsito de Lagoa Santa, quem diria, está quase um inferno. Um purgatório.
Saudade dos tempos que reclamávamos da tranquilidade dos pedestres nas ruas, atravessando com calma, e na grande maioria das vezes, sem muito cuidado, dos ciclistas que circulavam pela cidade conscientes da sua segurança.
Hoje nem ciclistas nem pedestres podem circular por ai "lagoasantamente".
Idos tempos.

O trânsito é caótico, tanto pelo volume de carros circulando, como também pelo comportamento dos motoristas que circulam.
Houve um tempo intermediário entre essas duas fases, a de tranquilidade e a de agora, em que anunciou-se a que chegaríamos. Quando um grande número de carros de representação comercial começou a circular na cidade e na sua pressa, o respeito pela lei, pela característica do lugar, era esquecido. Mas, um tempo que apesar de também ter nos preocupado na época, deixou saudade. Era contornável.
Hoje, as pessoas que buscam a tranquilidade de Lagoa Santa, tranquilidade essa que já não existe mais, trazem com elas o comportamento no trânsito que tinham nas cidades que deixaram para trás: velocidade, impaciência, stresse, e por que não dizer, pouca educação.
Elas próprias são agentes destruidores da tranquilidade que vieram buscar.

Dentro dessa situação, uma surpresa a princípio agradável: as rotatórias nos locais onde a lei do mais forte imperava até há poucos dias.
Resolveu-se ali, uma parte do problema. Quem conhece a legislação e a respeita, nessas rotatórias já não terá problemas.

Porém, dizem que é nos detalhes que percebemos o todo.

Acredito que grande parte da população já tenha passado por uma dessas rotatórias e já tenha percebido onde serão construídas as outras.
Acredito que grande parte da população tenha percebido que ganhamos de nossa prefeitura, da nossa secretaria de obras, nessas rotatórias, vários canteiros.
De cimento.
Ali, onde passamos diariamente, poderiam ter-nos presenteado com rotatórias floridas, ou, pelo menos, verdes de grama.
Um oásis de beleza e cuidado com a população e com os motoristas no meio desse trânsito horrível que Lagoa Santa agora tem.

Por detalhes como esse percebemos - não, isso não, nós já tínhamos percebido - que pouco se importam com a sustentabilidade do lugar.

Quando se troca um canteiro de flores por um canteiro de cimento só se pode pensar que "não há um porto seguro, futuro também não há."

3 comentários:

  1. sem ordem nao ha progresso, isso aqui ta virando um reflexo de toda a falta de compromisso com a populaçao, sinceramente ta demais pra mim, nao da para engolir

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  2. olha isso pra mim esta claro, prefeitura eh incopetente, prefeito e vereadores, pra nao dizer outra coisa

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  3. Olá, sou de BH e ciclista amador, hoje (06/11/2011) após mais ou menos 2 anos em passar por Lagoa Santa, me surpreendi pela transformação monstruosa que a cidade sofreu, nem parecia estar andando em Lagoa Santa, mas sim em Belo Horizonte, motoristas apressados, deseducados, muitos carros, obras pra tentar melhorar o transito (veja a experiencia de BH - não dá certo), pedestres e ciclistas locais visivelmente 'acuados' pelos carros, muitos carros com som alto tocando.... hã... música????

    Isso sem contar a "privatização" do espaço natural pela especulação imobiliária, onde, se for permitido a alguém (não morador ou convidado de morador) entrar no local, essa pessoa terá que passar pela humilhação de apresentar seus documentos, como se já fosse suspeito só por querer conhecer um lago, uma área verde, ou simplesmente andar por uma rua que ainda não conhece.

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